Língua Portuguesa

mapa do mundo lusófonoÚltima flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura;
Ouro nativo, que, na ganga impura,
A bruta mina entre os cascalhos vela...

‐ "Língua Portuguesa", Olavo Bilac

Que povos influenciaram a formação da nossa bela língua portuguesa? De que idioma deriva diretamente o português? (Dica: não é o latim...) Você sabia que o português é a única língua românica que ordena os dias da semana (e.g., segunda-feira, terça feira etc.)? Sabe quando surgiu esse sistema de ordenação e quem foi o responsável? (Veja Chave de Respostas no final.)

A história da língua portuguesa é uma verdadeira viagem no tempo. Na Península Ibérica, povos como os celtas e iberos /i`beɾus/ deixaram marcas na toponímia e no vocabulário. Com a chegada dos romanos, o latim se tornou dominante, mas não apagou totalmente as influências anteriores. Mais tarde, os germânicos acrescentaram termos como guerra, espora e roupa, enquanto os árabes trouxeram palavras essenciais do dia a dia, como aldeia, azeite e arroz.

Séculos depois, o português se consolidou, ganhou regras próprias e ultrapassou fronteiras. Hoje, é falado por mais de 260 milhões de pessoas em quatro continentes e continua evoluindo, recebendo empréstimos do francês, inglês e espanhol, assim como de línguas africanas e indígenas.

Neste vídeo, vamos acompanhar essa jornada — das origens no noroeste ibérico até o português que conhecemos hoje, uma das línguas globais mais influentes e falada em vários continentes.

Para entendermos melhor o elo histórico e linguístico entre português e galego, vale a pena conhecer também a trajetória da nossa língua-irmã. Este vídeo, produzido pela TVG e narrado em galego, apresenta um resumo fonético da língua, destacando suas semelhanças com o português e explicando sua evolução histórica desde o Reino da Galiza, passando pelo Reino de Castela, até os dias atuais.

Registros Históricos

Continuando a nossa viagem de exploração pelo fascinante mundo da língua portuguesa, encontramos alguns registros históricos interessantes. (Clique nas imagens para ampliá-las.)

Abaixo: Primeira referência escrita à segunda-feira1, na Igreja de São Vicente, Braga (Portugal), datada de 656 (618 da Era Cristã). Do latim secunda feria, o termo segunda-feira, assim como o nome dos demais dias da semana, foi introduzido por Martinho de Dume, bispo de Braga e de Dume, considerado "Apóstolo dos Suevos" pelo seu papel em "reforçar a ortodoxia face a tendências pagãs e heréticas" da época. (Wikipédia).

lápide epigráfica visigóticaEm latim: Hic requiescit Remismuera in Kalendas Maias, era DC quinquagies VI, die secunda feria, in pace, amen.
Em português: Aqui Remismuera descansa no mês de maio, no ano 656, na segunda-feira, em paz, amém.

Notícia de Fiadores é o registro mais antigo em português, datado de 1175, no reinado de D. Afonso Henriques. Conservado no Mosteiro de São Cristóvão de Rio Tinto, o documento relata as dívidas de Pelágio Romeu.

Notícia de FiadoresTrecho original:
Linha 1: Noticia fecit pelagio romeu de fiadores Stephano pelaiz .xxi. solidos lecton .xxi. soldos pelai garcia .xxi. soldos. Güdisaluo Menendice. xxi soldos
Linha 2: Egeas anriquici xxxta soldos. petro cõlaco .x. soldos. Güdisaluo anriquici .xxxxta. soldos Egeas Monííci .xxti. soldos [i l rasura] lhoane suarici .xxx.ta soldos
Linha 3: Menendo garcia .xxti. soldos. petro suarici .xxti. soldos Era Ma. CCaa xiitia Istos fiadores atan .v. annos que se partia de isto male que li avem

Em português moderno: Pelágio Romeu lista [aqui] seus fiadores: Estêvão Pelaiz, vinte e um soldos; Paio Garcia, vinte e um soldos; Gonçalo Mendes, vinte e um soldos; Egas Anrique, trinta soldos; Pedro Colaço, dez soldos; Gonçalo Anrique, quarenta soldos; Egas Moniz, vinte soldos; João Soares, trinta soldos; Mendo Garcia, vinte soldos; Pedro Soares, vinte soldos. Ano de 1213.2 Estes fiadores estarão comprometidos por cinco anos, conforme o acordo que fizemos.

Notícia de Torto, escrita entre 1211 e 1216 (provavelmente em 1214), narra os conflitos entre duas famílias e as injustiças sofridas por Lourenço Fernandes da Cunha.

Notícia de TortoTrecho original: De noticia de torto que fecerun a Laurencius Fernandiz por plazo que fece Gonçauo ramiriz antre suos filios e Lourenzo Ferrnandiz quale podedes saber: e oue auer de erdade e d auer tanto quome uno de suos filios d aquanto podesen auer de bona de seuo pater; e fio li os seu pater e sua mater. E depois fecerun plazo nouo e conuen uos a saber quale: in ille seem
taes firmamentos quales podedes saber.

Em português moderno: Relato das malfeitorias que me fizeram, Lourenço Fernandes, por acordo que fiz com Gonçalo Ramires e seus filhos. Podem saber que me prejudicaram em bens que me pertenciam por herança de meu pai e minha mãe. Depois, fizeram novo acordo, cujas condições podeis conhecer.

Testamento de D. Afonso II, documento régio e formal, datado de 1214, no qual o rei organiza a distribuição de seus bens e responsabilidades, refletindo a administração e as práticas jurídicas da monarquia portuguesa da época.

Testamento de D. Afonso IITrecho original: En’o nome de Deus. Eu rei don Afonso pela gracia de Deus rei de Portugal, seendo sano e saluo, temẽte o dia de mia morte, a saude de mia alma e a proe de mia molier raina dona Orraca e de me(us) filios e de me(us) uassalos e de todo meu reino fiz mia manda p(er) q(ue) depos mia morte mia molier e me(us) filios e meu reino e me(us) uassalos e todas aq(ue)las cousas q(ue) De(us) mi deu en poder sten en paz e en folgãcia.

Em português moderno: Em nome de Deus. Eu, rei Dom Afonso, pela graça de Deus, rei de Portugal, sendo são e salvo, temendo o dia da minha morte, para a saúde da minha alma e para o bem da minha mulher, rainha Dona Urraca, e de meus filhos, e de meus vassalos e de todo o meu reino, faço minha vontade para que, após minha morte, minha mulher, meus filhos, meu reino, meus vassalos e todas aquelas coisas que Deus me deu em poder estejam em paz e em felicidade.

O “Cancioneiro Geral” (1516), organizado por Garcia de Resende, reúne poesia das cortes portuguesas em português e espanhol, destacando-se pelo lirismo amoroso que combina tradição trovadoresca e influências petrarquistas, trazendo uma visão mais sensorial e terrena do amor.

Primeira edição do Cancioneiro GeralAmor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer;
é um não querer mais que bem querer;
é solitário andar por entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é cuidar que se ganha em se perder;
é querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata lealdade;
mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

A “Grammatica da Lingoagem Portuguesa” de Fernão de Oliveira, publicada em Lisboa em 1536, é a primeira dedicada à língua portuguesa. Em 1540, João de Barros publica a “Grammatica da Lingua Portuguesa com os mandamentos da santa madre igreja”, também com caráter normativo e pedagógico.

Grammatica da Lingoagem Portuguesa de Fernão de Oliveira Grammatica da Lingua Portuguesa de João de Barros

O período pré-romano

Antes da chegada dos romanos, a Península Ibérica era habitada por diversos povos. Entre eles estavam os lusitanos, de língua possivelmente céltica, e os iberos, que falavam línguas não indo-europeias. Também houve contato com fenícios e gregos, que fundaram colônias comerciais no litoral. Esse período deixou marcas no português através da toponímia pré-romana — nomes de rios como o Douro e o Tejo — e de palavras como barra, caminho, carro e menino.

Português Raiz céltica Cognatos em céltico
abrunho abrunu- Galês eirinen
barra barros Irlandês barr
braga braca Latim tardio bracae (do céltico)
caminho camminus Antigo irlandês camán
carro karros Irlandês carr, galês car
cerveja cervesia Galês cwrw, irlandês beoir
lousa lausia Irlandês leac, galês llechfaen
tojo togo- Irlandês aiteann, galês eithin
tona tonna Irlandês tonn, galês ton
menino min- Irlandês min, paralelo galês

🗺️ TOPONÍMIA GALAICO-CÉLTICA E FORMAS MODERNAS

Topônimo original (céltico/latino) Topônimo em português moderno Origem céltica / Significado
Conímbriga Condeixa-a-Velha (ruínas em Coimbra) -briga = fortaleza
Arcóbriga Arcos de Valdevez -briga = fortaleza
Lacóbriga Lagos (Algarve) -briga = fortaleza
Brigantia Bragança -briga = fortaleza
Caladunum Chaves (região transmontana) -dunum = cidade, fortaleza
Portus Cale Lit. "Porto dos Galácios"; atualmente abrange as cidades do Porto e Vila Nova de Gaia. Termo que deu origem ao nome do país (Portugal). Cale possivelmente ligado a Gall- (“celtas”).
Durus Douro dwr = água

Abaixo, à esquerda: Mapa das línguas pré-romanas da Península Ibérica, cerca de 300 a.C. À direita: Mapa etnolinguístico da Europa sul-ocidental entre os anos 1000 e 2000 d.C.

Mapa das línguas pré-romanas da Península Ibérica Distribuição das línguas na Península Ibérica ca. 300 a.C.

Influências de outros idiomas nos períodos colonial e pós-colonial

Em decorrência das Grandes Navegações, a partir do final do século XV, o português entrou em contato com povos africanos, indígenas e outros. Esse convívio trouxe novos termos e expressões, ampliando o vocabulário e enriquecendo a diversidade da língua.

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🥁 PALAVRAS DE ORIGEM AFRICANA

Português Língua africana Notas
axé iorubá: àṣẹ Energia, força vital; usado no Candomblé e na música.
batuque bantu (?) Tipo de dança e ritmo musical de origem africana.
cachimbo quimbundo: ki'xima (?) Possivelmente do quimbundo ki'xima (poço) ou do pref. dim. ka + humbu (nome de um instrumento para fumar).
candomblé iorubá: candomblé Religião afro-brasileira.
dendê quimbundo: ndende Óleo de palma, muito usado na culinária baiana.
Iemanjá iorubá: Yemọja Divindade das águas, muito cultuada no Brasil.
macumba quimbundo: ma'kôba Ritual religioso afro-brasileiro, hoje muitas vezes usado de forma pejorativa.
moleque quimbundo: muleke Menino; originalmente tinha conotação de escravo jovem.
quitanda quimbundo: kitanda Sinônimo de feira.
quitute quimbundo: kitutu (indigestão) Pequeno alimento saboroso; petisco.
Oxalá iorubá: Òṣálá Refere-se a Ọbàtálá (o Grande Orixá), divindade iorubá que representa a pureza e é considerada o "criador da Terra e o moldador do corpo humano a partir do barro". (Wikipédia, trad. própria). Compare: oxalá.

samba quimbundo: semba Estilo de música e dança brasileira, originário de tradições africanas.

🪶 PALAVRAS DE ORIGEM INDÍGENA

Português Língua indígena Notas
abacaxi tupi: ibá cati Fruta tropical de sabor doce e suculento.
caatinga tupinambá: ka’átínga Em tupinambá: mato branco. Em português: região árida no nordeste brasileiro.
caju tupi: acajú Fruta típica do Brasil, originária do Nordeste.
carioca tupi: kara'i oka “Casa de branco”; originalmente referia-se aos habitantes da região do Rio de Janeiro.
curumim tupi: kunu'mi ou kuru'mi Menino, jovem, garoto.
cutucar tupinambá: kutúk Em tupinambá: "Tocar com objeto pontiagudo, ferir". Em português: "dar sinal a, tocando com o cotovelo, com o pé, etc."
itaúba tupi: itá uba Nome de árvore da região amazônica.
jacaré tupi: yakaré Réptil de água doce encontrado na América do Sul.
Jundiaí tupi: îundi'a'y Rio dos jundiás (espécie de peixe); nome de um município paulista.
pipoca tupi: pira póka Milho estourado; termo adaptado das línguas tupis.
piranha tupi: pirá nhá Peixe carnívoro da bacia amazônica.
tucano tupi: tukana Ave conhecida pelo bico grande e colorido.

🏰 PALAVRAS DE ORIGEM EUROPEIA

Português Língua europeia Notas
abajur francês: abat-jour Objeto usado para cobrir lâmpadas e reduzir a luminosidade.
bife inglês: beef Carne de vaca cortada em fatias ou pedaços.
champanhe francês: champagne Vinho espumante produzido na região de Champagne, França.
futebol inglês: football Esporte coletivo jogado com bola, muito popular no Brasil; ludopédio.
garagem francês: garage Local para estacionar ou guardar veículos.
imbróglio italiano: imbroglio "Confusão, trapalhada"; "enredo confuso (de peça, romance, filme etc.)"
jardim espanhol: jardín Área com plantas, flores e árvores, geralmente decorativa.
passeio espanhol: paseo Ação de caminhar ou passear; pode indicar calçada ou rua.
patins francês: patin Calçado com rodas para deslizar sobre o chão.
sanduíche inglês: sandwich Alimento composto por fatias de pão com recheio no meio.
terno espanhol: terno Conjunto de paletó, calça e, às vezes, colete usado como roupa formal.
tchau italiano: ciao (interj.) Até logo.

㊗️ PALAVRAS DE ORIGEM ASIÁTICA

Português Língua asiática Notas
carma sânscrito: कर्म (karm) Ação; princípio de causa e efeito.
chá chinês: 茶 / ʈʂʰǎ / Do mandarim, bebida obtida da planta Camellia sinensis.
ioga sânscrito: योग (yogah) União; prática espiritual e filosófica.
mandala sânscrito: मण्डलम् (maṇḍalam) Círculo; símbolo espiritual e geométrico.
manga (quadrinhos) japonês: 漫画本 (mangabon) História em quadrinhos.
namastê sânscrito: नमस्ते: namas (reverência) + te (a ti). Saudação tradicional.
nirvana sânscrito: निर्वाणम् (nirvāṇam) Estado de libertação espiritual.
quimono japonês: 着物 (kimono) Vestimenta tradicional.
samurai japonês: 侍 (samurai) Classe militar japonesa; literalmente “aquele que serve”.
sushi japonês: 寿司 (su'shi) Prato típico japonês à base de arroz e peixe.

Avanços do português: influência em outras línguas e culturas

A expansão marítima portuguesa entre os séculos XV e XVIII não apenas levou a língua portuguesa a novos territórios, mas também deixou marcas em diversos idiomas ao redor do mundo. No inglês, por exemplo, incorporaram-se termos como marmalade, mosquito e auto-da-fé; no japonês, aparecem パン (pan, de pão) e ボタン (botan, de botão); já no hindi, destacam-se almirah (de armário) e balti (de balde). No espanhol, a palavra marmelada (do português marmelada) designa uma conserva de fruta cozida em açúcar, enquanto mejillón (de mexilhão) é o termo para o molusco marinho comestível. Essas palavras refletem séculos de contato cultural e comercial, mostrando como a língua portuguesa também influenciou outras tradições linguísticas.

Entre avanços institucionais, destacam-se:

  • 1996 – Criação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), promovendo cooperação cultural, política e econômica entre os países lusófonos.
  • 2009 – Instituição do Dia Internacional da Língua Portuguesa pela CPLP, comemorado anualmente em 5 de maio, reconhecendo o português como idioma global.

Atualmente, o Brasil, juntamente com outros países, pleiteia um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Caso seja aprovado, isso pode contribuir para a elevação do status do português como língua oficial em instâncias internacionais, ampliando sua visibilidade e influência política no cenário global.

Nossa riqueza está em nossa diversidade

O português é diverso e vivo. Suas variantes — brasileira, europeia e africana — refletem culturas distintas e incorporam influências de várias línguas, enriquecendo o vocabulário e fortalecendo a identidade lusófona. Movimentos como a Semana de Arte Moderna (1922) e o Movimento Armorial (década de 1970) contribuíram para essa diversidade. Veja exemplos nesta Linha do tempo ("timeline").

A tabela abaixo representa uma pequena amostra das variantes linguísticas do português.

Inglês americano Português brasileiro Português europeu Português africano
apartment apartamento apartamento flat
breakfast café da manhã pequeno-almoço mata-bicho
bus ônibus autocarro camioneta
cell phone celular telemóvel telemóvel
elevator elevador elevador ascensor
fridge geladeira frigorífico frigorífico
garage garagem garagem oficina
I'm doing... estou fazendo... estou a fazer... estou a fazer...
juice suco sumo sumo
sidewalk calçada passeio passadiço
truck caminhão camião camião

Português em transformação: unidade ou fragmentação?

Camiseta com os dizeres "A minha pátria é a língua portuguesa"Desde seus primórdios, a língua portuguesa tem percorrido um caminho de constante transformação, marcada por influências históricas, culturais e tecnológicas. Nos últimos anos, o crescente influxo de estrangeirismos, especialmente do inglês, tem marcado tanto o português brasileiro quanto o europeu e o africano, do vocabulário cotidiano à linguagem profissional e digital. Embora muitos desses termos preencham lacunas semânticas ou tragam praticidade, o excesso de empréstimos pode criar barreiras de compreensão entre as variantes do português, ampliando diferenças já existentes e ameaçando a unidade linguística. A preservação de palavras autóctones e o equilíbrio entre inovação e tradição tornam-se, portanto, desafios centrais para o futuro da língua.


1. Na maioria das línguas românicas e germânicas, a segunda-feira recebeu nomes ligados à Lua ou a divindades associadas, enquanto em tradições eclesiásticas e em línguas como o português, o grego ou o húngaro, optou-se por uma numeração dos dias para evitar referências pagãs.

2. Nos documentos medievais portugueses, muitas datas eram registradas usando o sistema da “Era Hispânica” ou “Era de César”, que era diferente do calendário que usamos hoje (calendário gregoriano ou Anno Domini). A Era Hispânica começava a contar os anos a partir de 38 a.C., e não do nascimento de Cristo. Portanto, 1213 corresponde a 1175 no calendário atual.

Chave de Respostas

Respostas às perguntas do parágrafo introdutório:

Entre os povos que influenciaram a formação da língua portuguesa estão os romanos, os germânicos (e.g., os visigodos), os celtas e os árabes/mouros. A partir das Grandes Navegações, outros povos deixaram suas marcas: os africanos, indígenas, europeus e asiáticos.

O português deriva diretamente do galego-português, que, por sua vez, deriva do latim vulgar com outras línguas locais da Península Ibérica.

O sistema de ordenação dos dias da semana (e.g., segunda-feira, terça-feira etc.) surgiu por volta de 618 d.C., por influência de Martinho de Dume, bispo de Braga e de Dume, considerado "Apóstolo dos Suevos".

📚 Referências

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